Quarta-feira, 7 de Setembro de 2005
«O meu pensamento só muito devagar atravessa o rio a nado porque lhe pesa o fato que os homens o fizeram usar»
Fernando Pessoa, "O Guardador de Rebanhos"
É verdade. Este génio existiu aqui, na mais pura ignorância. Este génio morreu sem conhecer as suas obras em livro impresso, enquanto outros génios se pavoneavam com as suas obras-primas pela Europa.
De su a 23 de Setembro de 2005 às 18:01
Pois, a única coisa que me alegra é que seja o Fernando Pessoa. Explico: não existiu poeta português mais seguro da sua genialidade, por isso não necessitou do reconhecimento da palavra impressa!! Presunção? Não, que ideia (ironia), não se pode caluniar os verdadeiramente geniais!!
Olá :)
Agradeço a sua visita em primeiro lugar.
Quanto a Fernando Pessoa sou bastante suspeita para falar dele porque gosto daquilo que escreveu.
Às vezes dá-me a sensação de que estou ali com ele a ouvi-lo... Dizem que a sua escrita é depressiva mas ninguém pode afirmar que esse estado de alma não prenda o leitor, depende do leitor :)
Bom final de semana.
De
js a 7 de Setembro de 2005 às 17:47
... os génios, os grandes génios são assim mesmo... não dizem que são génios ... esperam que um dia alguém se lembre de pensar naquilo que fizeram ou disseram... em Portugal isso acontece muiti depois desses génios terem morrido... é uma sina nacional...
FORÇ'AÍ!
js de http://politicatsf.blogs.sapo.pt e agora também no Movimento PR'ó Coiso em http://mprcoiso.blogs.sapo.pt
De
azhar a 7 de Setembro de 2005 às 11:51
Errata: "génios" e não "géneos". Peço perdão, só reparei no erro depois de publicar o comentário. "Errare humanum est".
De
azhar a 7 de Setembro de 2005 às 11:46
O que há mais pelo mundo são artistas que só são descobertos "post mortem". Mas, verdade seja dita, Fernando Pessoa não é dos melhores exemplos dessa situação. Então a Padeira não sabe que Pessoa, em conjunto com Mário de Sá Carneiro e com Almada-Negreiros, introduziu em Portugal o Modernismo, através da revista "Orpheu", publicada, pela primeira vez, em 1915? E ao longo da sua (curta) vida publicou mais revistas, artigos de jornal e também uma colectânea de poemas. É certo que parte das suas criações poéticas acabaram por ficar no anonimato, mas Fernando Pessoa teve uma vida curta, que o impediu de demonstrar o seu génio criativo. De qualquer forma, não percebo qual é a ligação entre a citação que escolheu deste admirável poeta e o comentário que publicou...E que exemplos pode dar de géneos de outros países que viveram à custa das suas criações literárias e/ou artísticas? Não sei se este "post" revela falta de inspiração ou profunda ignorância...
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