Quarta-feira, 15 de Junho de 2005
A morte não tem medida: é para todos. Não compartilhando minimamente das suas ideias, fica o respeito pelo seu ideal e coerência.
Sexta-feira, 10 de Junho de 2005
Mais uma tentativa de evasão, num carro antigo transformado em barco de morte. Morte de um sonho perdido, morte de vida, vida em prisão. Como é possível que isto se continue passar no sec XXI. A falta de liberdade, para qualquer ente sensível, é o pior e mais agreste de todos os males.É morte em vida.
Terça-feira, 7 de Junho de 2005
Anda a Europa às avessas sem saber o que fazer com o «Sim» e o «Não»... e nós, claro, (segundo as sondagens), esclarecidissimos, a apostar de olhos fechados redondamente no «Sim».
Hoje, nos Pós e Contras, fiquei elucidadissima; ou seja, fiquei precisamente na mesma: a navegar.
Bem se esforçava Fátima Campos Ferreira: - Meus senhores, expliquem-se aos portugueses que eles assim não entendem nada. Mas qual quê! Eram voltas e mais voltas, palavreados e contravoltas. O costume. E o Zé sem perceber patavina a conformar-se...
Sábado, 4 de Junho de 2005
É verdade. Tudo nos é pedido e adiado, estamos fartos de apertar o cinto que já nem sequer tem furos disponíveis, falta-nos a luz ao fundo do túnel, sendo o túnel do Marquês uma perfeita insignificância ao pé deste que parece eterno. Nada é gratuito -
nem o simples gesto -, tudo nos é pesadamente exigido. Agora até «ler o jornal na internet» nos é vedado, ou seja lêem-se os cabeçalhos e basta! Tudo o resto tem de ser pago!
Eis a razão porque o DN se tornou num verdadeiro oásis. Informativo, completo, acessível, bem orientado e gratuito na sua leitura total. Até quando, não sabemos. Esperamos que para sempre. O país precisa...e merece. Basta de limitações, pragas... e maldições|
Quarta-feira, 1 de Junho de 2005
E se o vosso filho, educado com todo o carinho e amor, desaparecesse? E se fosse violado e atirado para esse polvo inextinguível, que são essas monstruosas redes de pedofilia?
Quando se deu o Tsunami, houve quem se aproveitasse para vender crianças.Como é possível no meio de tanta tragédia, ter a frieza e o calculismo prontos a disparar para o negócio.Se eu fosse mãe de uma daquelas crianças, acreditem, preferia vê-la morta na catástrofe do que às mãos suícidas e putrefactas.
Crianças, que, aos 13, 14 anos, já estão «ultrapassadas» e se vêm forçosamente a viver desse horror.
Era bom que hoje se pudesse festejar verdadeiramente o Dia Mundial da Criança.Mas os maus tratos, os abusos sexuais, os homicidios, a impunidade na justiça, fazem-nos acreditar numa outra realidade.
Há que lutar muito ainda para que este dia possa ser vivido em plenitude.Caso contrário, tudo não passa de balelas e habituais hipócrisias.Palavras só não chegam.