Estamos quase a uma semana do referendo ao aborto. E não vale a pena entrar aqui em polémicas e, muito menos, papaguear o que já foi dito e «redito» em tudo quanto é sítio.
Deixo apenas uma pergunta no ar, que deveras me confunde. Quando um casal deseja um filho, e a mulher vai saber o resultado da análise, que, por sinal, até deu positivo, como é que esta dá noticia ao marido?
- Estou à espera de bebé!...Vamos ser pais!...
- Ou... tenho um feto (ou embrião)... na barriga!...
E com esta, dou por encerrada a minha participação na encrencada e sensível polémica.
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De
Jorge G a 3 de Fevereiro de 2007 às 15:49
Minha cara Padeirinha:
Isso é um jogo semântico! Naturalmente que num casal que pretende um filho, a gravidez é encarada como a realização de um sonho e é naturalíssimo que a mulher se refira ao embrião, dizendo: "Vamos ter um filho!" Mas isso não faz do embrião um filho!
Mas o problema põe-se ao nível das gravidezes indesejadas!
- Nenhum método contraceptivo é 100% eficaz.
Daí que diariamente venham ao mundo crianças que depois são abandonadas ou indesejadas no dia-a-dia pelos pais.
E o SIM vai descriminalizar o abrto, não vai fazer nenhum apelo a que se faça.
vai criar condições para que os abortos, que sem dúvida se continuarão a fazer, o sejam em local próprio ecom condições sanitárias adequadas.
E mais: quem estiver absolutamente contra a ideia de realizar uma IVG, pode sempre continuar a optar por não a realizar.
Um abraço.
Não é uma jogo semântico, é um modo de ser
Cara Padeira de Aljubarrota,
Venho só dizer-te que O Anarquista mudou de endereço para: http://o-anarquista.blogspot.com
Um abraço
Savonarola
De
Marinela a 4 de Fevereiro de 2007 às 14:07
Transcrevo integralmente o comentario de Jorge G.
Deixo-te um beijinho e faço votos para que nunca tsejas confrontada com o problema de um filho dificiente e tenha sido indesejado indesejado. Feliz domingo
De
carlocos a 5 de Fevereiro de 2007 às 01:42
Pois, é consultar a actual lei antes de fazer comentários.
A resposta esta lá.
Neste assunto, apenas interrogo: - Como sabem se não fui confrontada com um desses muitos problemas??...
E depois, para além da Prevenção, há a pirula do dia seguinte, que se pode comprar na farmácia já «sem» receita médica! Há pois a total liberdade de escolha. Sem legalização mas com a descriminalização da mulher. Dizem-me, essa pirula pode fazer mal...E o aborto??...que acham?
Quanto ao aborto ilegal, continuará a existir, infelizmente. Quanto às «mães-cadelas», que abandonam os filhos ou os deitam nos caixotes de lixo, continuarão a fazê-lo...sem quaisquer escrúpulos.
Prometera a mim própria, que não argumentaria sobre este assunto, tão sensível, mas sinto que devo, para alguns que aqui venham...
Afinal, desde que haja respeito pelas convicções alheias, porque não gritar «bem alto» o que defendemos? Chega de corbadias...
O aborto é como sabemos um polémico tema social, especialmente aquando a aproximação de um referendo. É normalíssimo formalizações por vezes erróneas acerca da interrupção voluntária da gravidez, e uma delas é caracterizá-lo como um acto severo e desumano, mesmo quando há motivos solenes para tal atitude. (Ou será que ter um comportamento indesejado face ao embrião, feto ou bebé é humano?).O aborto existirá sempre, independentemente de ser aprovado ou não, portanto, eu vejo o referendo, não como orientado somente para o aborto em si, mas como uma forma de promover menos descriminação e assim dar à mulher a opção.Afinal de contas quem é a mãe, o povo, a soberania ou o particular da mãe? Pois é ela quem vai criar vínculos afectivos com ele, já quando este estiver no seu ventre, mas também seria ela que o maltrataria, muito capaz de o colocar no caixote do lixo ou até servir aos porcos como alimentação. Há que ter consciência de que o aborto é uma forma de baxar tais índices de criminalidade. Nestas alturas a maioria cultiva a maior da filantropia do ser ser, utilizando argumentos contra ao aborto, dizem que o homem não tem o poder de impor a vida, contudo há vidas vivas em África ou noutra parte qualquer do planeta, vidas degradantes, dessas já nínguem fala, pois tornara-se banal. Mas o aborto, o casamento entre homossexuais, são temas que afectam o retrógrado Portugal, de uma forma dilacerante, como se tais projectos sociais fossem rídiculos. Há que ver para além das sombras preconceituosas que a geração anterior não soube corrigir.Antes abortar a tempo, do que parir ser infeliz, morto pelas mãos da mãe, e aí sim sofrer e sentir a dor da morte, abortar pelo direito opcional da mulher...Pelo direito de decidir pelas nossas ideias próprias...Pelo que fundamentamos e achamos melhor para nós...
Há limitações é certo. Não vou acrecentar mais nada, pois escreveria demasiado e argumentar é exteriorizar fundamentos ambíguos e desaprovantes por muitos, e como não estou em directo, seria rídiculo..
Gostei do teu blog....
Beijo
Do meu ponto de vista a despenalização é o caminho a seguir. Os Senhores do Não, dos quais as mulheres devem ter ido fazer um aborto a Londres, que se calem!
Temos dito.
É uma encrenca da porque é mal intencionada. Os pulhíticos " que temos deveriam ser mais férteis a propor coisas bem mais sérias. Por exemplo; "propor a despenalização a mulherres que devam abortar porque o técnico, "médico" assistebte pensa que a criança vai ser um ser anormal e daí será talvez menos doloroso para a família. Agora; "liberalizar o aborto à balda, é estúpido, porque dará azo a que todo o mundo por dá cá aquela palha, aborta e o estado paga o crime. Estamos mo século XXI, só ficam prenhas porque querem. As mais sensiveis desculpem a rudeza, mas com seriedade é assim mesmo, e deixem-se de choradinhos falsos. Boa noite e tudo bom para todos.
De
Andesman a 5 de Fevereiro de 2007 às 21:55
Todos nós sabemos como se diz. Claro que é uma situação delicada a questão do aborto. E como se resolve a questão do aborto clandestino? Tudo bom
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